Alfredo Ramos I

Vamos lá ver se entendi.

Alfredo Ramos pede uma CLI para saber do “estado de saúde” da saúde. Sete Vereadores aprovam a iniciativa e assinam o requerimento. Depois vem a público o boato de que vários vereadores retiraram a assinatura do pedido de CLI. Cai o Secretário de Saúde. A CLI não é aprovada por falta quorum na reunião da câmara. O Jornal Hoje em Dia notícia a saída do Secretário e anuncia, como conseqüência, cedência de mais cargos dentro da prefeitura para o PT. O Jornal Gazeta publica que “O autor do pedido da CLI disse que houve uma reação do Conselho Municipal de Saúde que se posicionou a favor da saúde, o prefeito voltou atrás na sua decisão do fechamento das farmácias, que o Ministério Público também havia se manifestado. Desde que houve mudanças, Alfredo disse: “Não acho que a CLI vá para frente, pois o objetivo dela era que mudasse a saúde e algo fosse feito. A saída do meu amigo José Geraldo abre espaço para um novo diálogo com os hospitais, os anestesistas, os médicos e outros setores. O que precisamos agora é ficar atento a tudo, para que as melhorias possam continuar acontecendo”. Mas, entretanto, hoje na TV, Alfredo Ramos diz que não vai retirar o pedido de CLI.

Claro que não! Mas tem alguém burro por aqui? Sou capaz de apostar é que dos outros sete que subscreveram a iniciativa apenas dois ou três mantenham o voto favorável.

Ficamos todos muito bem na foto.

Quanta Hipocrisia!

Alfredo Ramos II

Ouvi hoje no MG Inter TV o Vereador Alfredo Ramos acusar as pessoas que foram à audiência pública de ontem de apenas quererem “politizar o assunto”.

Então vamos lá:

politizar (latim medieval politizare)

v. tr. e pron.

Dar ou adquirir caráter político

política (grego politiká, assuntos públicos, ciência política)

Então Vereador! Queria o quê? Que o pessoal ficasse calado ou dissesse amén?

Claro que se politizou o assunto. E fique tranqüilo. Da minha parte irei POLITIZAR muito mais.

E se não tivéssemos politizado, as farmácias dos postos de saúde ainda hoje estariam fechadas.

Alfredo Ramos III

No mesmo noticiário: “As pessoas mais pobres não vieram”.

Será porque a Audiência foi marcada para o horário de saída do trabalho? Será que foi porque fica pesado para as pessoas mais pobres se deslocarem de ônibus para ir a uma reunião na câmara? Será que só as pessoas mais pobres é que têm direito a se manifestar? Será?!?!?!

Vá lá Vereador, “politize” lá um pouquinho melhor.

Marcos Nem I

Disse este Vereador, Porta-Voz do Prefeito do povo, ao MG Inter TV que uma das razões pela qual terminou a audiência foi o fato de as pessoas que pediram a palavra não se remeterem exclusivamente ao assunto em pauta – O encerramento das farmácias.

As pessoas?!?! Eu era o segundo que ia falar e nem tive oportunidade de começar.

Vá lá. Arranje lá uma desculpa melhorzinha. Eu sei que consegue.

Marcos Nem II

Concorre para o título do Vereador mais despachado do Ano. Cometeu a proeza de começar uma reunião pública com apenas quatro minutos de atraso (coisa do qual não há memória em Montes Claros) e tomou uma decisão importante em apenas dois segundos.

Dois segundo foi o tempo que levou do “ou fazem silêncio ou terei que encerrar a audiência” ao “a audiência está encerrada”. De certeza que o terceiro andar da prefeitura não ficará indiferente a tamanha eficiência.

Marcos Nem III

Impagável ver a cara deste Vereador quando o Representante do Conselho de Farmácias referiu que nunca, em tempo algum, obrigaria ao encerramento das farmácias dos postos de saúde. Que pena não ter uma câmara fotográfica na mão na altura.